Comemorações do Dia da Freguesia de Mire de Tibães arrancam com um olhar sobre o passado

As comorações do Dia da Freguesia de Mire de Tibães arrancaram ontem, dia 6 de Setembro, 497 anos depois do Rei D. Manuel conceder a Carta de Foral ao Concelho de Tibães. O dia ficou marcado por duas atividades. Pelas 20H30 foi celebrada uma eucaristia comemorativa do dia da freguesia, seguida de uma homenagem aos cidadãos já falecidos. Às 21H45 foi apresentado o Sarau “Música e História sobre o Foral de Tibães”, com os esclarecimentos especializados do professor José Carlos Peixoto.

Depois dos atos religiosos, José Magalhães, presidente da Junta de Freguesia de Mire de Tibães, dirigiu-se aos inúmeros tibanenses que fizeram questão de assistir ao Sarau apresentado na Sala da Cavalariça, no Mosteiro de Tibães.

“Estamos a comemorar a história do dia 4 de Setembro de 1517, data em que D. Manuel atribuiu a Carta de Foral à freguesia de São Martinho de Tibães. Desta forma queremos contribuir e fazer uma breve viagem no tempo para reconhecermos o que de marcante aconteceu há quase 500 anos atrás. Nesse sentido, a Junta de Freguesia, em parceria com várias entidades, Associações e Movimentos de Mire de Tibães, lançou o desafio de criar uma comemoração do Dia da Freguesia”, disse José Magalhães, presidente da Junta de Freguesia de Mire de Tibães.

Perante uma volumosa plateia, o professor José Carlos Peixoto, um estudioso e natural de Tibães, explicou detalhadamente um dos momentos determinantes para a história da freguesia.

“Sempre estudei a história de Tibães, mas não houve um momento oportuno para falar ou escrever sobre ela. Mas agora chegou a oportunidade de partilhar o que tinha guardado há muito tempo. Faz hoje 497 anos que o Rei D. Manuel concedeu ao Concelho de Tibães a Carta de Foral. Tibães passou a ser um Concelho de acordo com as exigências do Século XVI. Daqui a dez anos, a Carta de Foral fará 500 anos”, referiu o professor José Carlos Peixoto, que usou da palavra para esclarecer de forma pormenorizada o processo de atribuição da Carta de Foral ao Concelho de Tibães, que na altura albergava várias freguesias atualmente vizinhas de Mire de Tibães.

 “Os Mosteiros foram sempre centros aglutinadores da população e por isso faz todo sentido que esta casa se encha com a comunidade que foi descendendo desde o Século XI, época dos primeiros vestígios do Mosteiro. É com todo gosto que nos associamos às Comemorações do Dia da Freguesia e faço votos para que sejam três dias verdadeiramente festivos”, disse Maria de Lurdes Rufino, coordenadora do Mosteiro de São Martinho de Tibães, durante a sua intervenção.

Quem também marcou presença no primeiro dia das Comemorações foi Firmino Marques, Vice-presidente da Câmara Municipal de Braga.

“Felicito a Junta de Freguesia por não perder a oportunidade de celebrar este dia importante. Desejo que estes três dias sejam de celebração. Hoje tivemos dois momentos extraordinários, um musical, com a talentosa Rita Barbosa, e outro histórico com qual ficamos a saber muito mais sobre a magnífica história de Tibães. É importante não esquecermos a nossa identidade. O doutor José Carlos Peixoto deixou bem claro que se o Foral foi atribuído por um Rei, que nos abriu caminho por esse mundo fora, terá sido porque reconheceu a importância deste aglomerado populacional”, referiu Firmino Marques.